“Eles ainda existem?”. Esta foi a pergunta mais frequente que escutei ao comentar que assistiria ao show da banda Hanson neste domingo (6) no Citibank Hall, em São Paulo. O grupo, que fez sucesso nos anos 90, realmente anda sumido da grande mídia, mas nem por isso deixa de produzir discos, se aperfeiçoar na arte da música e manter os fãs que conquistou desde o hit MMMBop.
Com meia hora de atraso, o grupo entrou com a música Waiting for This (faixa do disco mais recente, Shout It Out, de 2010 ) e provocou empurra-empurra entre os fãs – formada principalmente por mulheres, que no auge dos seus 30 anos não se intimidavam em relembrar os antigos gritinhos agudos. “Eles me fazem reviver a adolescência”, dizia uma empolgada. “Eu comecei a estudar música por conta deles”, revelou uma mineira, que também foi até Porto Alegre receber os artistas.
Porém, apesar de as fãs serem as mesmas (chegaram a acampar para garantir o lugar na primeira fila) e de vários hits antigos embalarem o show, como Where's the Love e Save Me, seria maldade dizer que os Hanson continuam os mesmos, como apontaram algumas críticas sobre o show de Porto Alegre, o primeiro no Brasil. Há mudanças significativas, tanto na música quanto no visual dos artistas.
Isaac (o mais velho e guitarrista) agora “desenfeiou”, investe em um topete anos 70, gravatinha e desponta como a voz mais elogiada pelas fãs. “Sem dúvidas, é o que canta melhor. Tem uma voz mais de homem, grave”, se emocionou uma garota ao escutar o solo More than Anything, antes de desmaiar, não sei se de calor (o ar condicionado não funcionou), falta de ar (o empurra-empurra te levava da ponta ao fim do palco) ou de emoção.
Porém, apesar de as fãs serem as mesmas (chegaram a acampar para garantir o lugar na primeira fila) e de vários hits antigos embalarem o show, como Where's the Love e Save Me, seria maldade dizer que os Hanson continuam os mesmos, como apontaram algumas críticas sobre o show de Porto Alegre, o primeiro no Brasil. Há mudanças significativas, tanto na música quanto no visual dos artistas.
Isaac (o mais velho e guitarrista) agora “desenfeiou”, investe em um topete anos 70, gravatinha e desponta como a voz mais elogiada pelas fãs. “Sem dúvidas, é o que canta melhor. Tem uma voz mais de homem, grave”, se emocionou uma garota ao escutar o solo More than Anything, antes de desmaiar, não sei se de calor (o ar condicionado não funcionou), falta de ar (o empurra-empurra te levava da ponta ao fim do palco) ou de emoção.
Zac (o mais novo, que hoje tem 26 anos) se tornou o galã da trupe, desbancando o até então preferido Taylor. É o único a permanecer com os cabelos compridos, agora para uma versão maisFarrah Fawcett. E, na bateria, é o responsável por dar cara e movimento (haja vista os cabelos esvoaçantes) às músicas mais agitadas – e isso inclui MMMBop. Contudo, também emocionou quando tocou violão e cantou sozinho a música lenta Go.
Já o pianista Taylor é o integrante que dá identidade aos Hanson, aquele que a maioria lembra, elogia ou critica desde sempre. A voz é praticamente a mesma dos primeiros sucessos, quase adolescente, bem como o jeito de cantar e interagir com o público. A evolução está para o som da banda, agora mais inspirada no R&B e Soul, que se aperfeiçoa e mostra intimidade com vários instrumentos.
Não há outros músicos envolvidos, nem cantores de apoio. São apenas os três, que trocam de instrumentos diversas vezes e se bastam, como uma Família Lima gringa. Tanto que em dado momento, o guitarrista Isaac pergunta ao público: “Piano ou Guitarra?” e diante da resposta inusitada – piano – prova flexibilidade no talento.
Mas se o Hanson continua em total produção e com trabalhos novos, qual o motivo de suas músicas não chegarem com tanto fervor ao Brasil? Três fãs explicaram: Eles tiveram divergências com a gravadora e, desde 2003, fundaram o próprio selo, a 3CGarage. “O lado positivo é que o trabalho ficou mais a cara dele, menos pop. O lado negativo é que, como a divulgação fica por conta deles, não chega tanto ao Brasil”.
“E se eu disser que a maioria acha que Hanson é brega?”, insisto. “Eu digo que a maioria sequer conhece as novas músicas, os novos trabalhos e que estão muito condicionados ao que a indústria cultural e de entretenimento dispõe aí. Hoje em dia gostam de cada coisa, que não dá para dizer o que é bom apenas vendo o que é mais escutado. Acima de tudo, eles são muito talentosos”, defenderam.
O show durou 1h50 e as fãs foram embora exalando nostalgia e pingando suor.
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